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Aedes Aegypti – Previna-se!

Um mosquito. Três doenças. A mesma prevenção.

Você sabia que o Aedes Aegypti transmite três doenças diferentes? Ou que um único mosquito pode contaminar até 30 pessoas com Dengue, Febre Chikungunya ou Vírus Zika?

Todas essas doenças podem se desenvolver para quadros graves. E qualquer descuido ao armazenar água em ambientes domésticos contribui para que essa ameaça se torne presente no dia a dia.

Por isso, faça a sua parte no combate ao inseto. Veja abaixo algumas dicas importantes, lembrando que o ambiente ideal para a proliferação do mosquito deve ter sombra, água limpa e parada.

Dicas de combate ao mosquito Aedes Aegypti.

  • Mantenha caixas d´água vedadas;
  • Limpe as calhas frequentemente;
  • Feche bem os baldes, galões, tonéis, poços e tambores;
  • Guarde pneus sem água e em lugares cobertos;
  • Mantenha piscinas e fontes tratadas;
  • Deixe ralos limpos e com tela;
  • Esvazie a água das bandejas de geladeira;
  • Coloque areia na borda dos vasos de planta e evite que acumulem água;
  • Feche os vasos sanitários sem uso;
  • Estique bem lonas e coberturas;
  • Coloque garrafas vazias e baldes com a boca para baixo.

Para saber mais sobre as doenças, modo de transmissão, os cuidados e a forma de prevenção, acesse:

O que é?

O Zika virus (ZIKAV) é um vírus do gênero Flavivírus, e até o momento são conhecidas e descritas duas linhagens do vírus: uma Africana e outra Asiática. A febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves e não há registro de mortes. A taxa de hospitalização é potencialmente baixa. O Zika vírus é endêmico no Leste e Oeste do continente africano, e a partir de 1966, houve disseminação para o continente asiático.

Modo de transmissão

O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.

Vetores

Mosquitos do gênero Aedes. sendo a espécie Ae. aegypti a mais importante na transmissão da doença e também pode ser transmissora do vírus da febre amarela urbana, dengue e do vírus chikungunya. O mosquito tem algumas características muito especiais: ele é escuro e rajado (listrado) de branco, tem quatro a seis mm de comprimento, é menor que o pernilongo comum (muriçoca), tem por hábito picar durante o dia e se desenvolve em água parada.

Sinais e sintomas

Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes são caracterizadas por manchas avermelhadas e arredondadas que provocam coceira, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem coceira, dores osteomusculares, dor de cabeça e menos frequentemente, inchaço, dor de garganta, tosse, vômitos. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor articular pode persistir por aproximadamente um mês.

Tratamento

Não há tratamento específico. A medicação é apenas sintomática, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos e os antiinflamatórios não hormonais, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O paciente deve ser orientado a permanecer em repouso e iniciar hidratação oral. Em casos de sinais graves, a avaliação médica é imprescindível, muitas vezes com necessidade de suporte hospitalar.

Zika Vírus e Microcefalia

O Ministério da Saúde confirmou em 28/11/2015 a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. A partir desse achado do bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial.

As investigações sobre o tema continuam para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

Neste momento, o Ministério da Saúde reforça às gestantes que não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que façam um pré-natal qualificado e todos os exames previstos nesta fase, além de relatarem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação. Também é importante que elas reforcem as medidas de prevenção ao mosquito Aedes aegypti, com o uso de repelentes indicados para o período de gestação, uso de roupas de manga comprida e todas as outras medidas para evitar o contato com mosquitos, além de evitar o acúmulo de água parada em casa ou no trabalho.

Independente do destino ou motivo, toda grávida deve consultar o seu médico antes de viajar.

Até o dia 28 de novembro, foram notificados à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde 1.248 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 311 municípios de 14 estados do Brasil. O estado de Pernambuco mantem-se com o maior número de casos (646), sendo o primeiro a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Maranhão (12), Rio de Janeiro (12), Tocantins (12), Goiás (02), Distrito Federal (1) e Mato Grosso do Sul (1).

O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação doença.

Prevenção

As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.

Prevenção Domiciliar

Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.

Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Prevenção na comunidade

Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas.

Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.

Procedimentos de controles de vetores

As orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.

Fonte: Ministério da Saúde/ Governo Federal

O que é Febre Chikungunya?

É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O CHIKV é um vírus RNA que pertence ao genero Alphavirus da familia Togaviridae. O nome chikungunya deriva de uma palavra em Makonde que significa aproximadamente “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada de pacientes que sofrem de artralgia intensa.

Vetores

Existem dois vetores principais do CHIKV, Ae. aegypti e Ae. albopictus. Ambos os mosquitos são amplamente distribuídos por todos os trópicos com Ae. Albopictus, sendo também presentes em latitudes mais temperadas. Dada a distribuição dos vetores pelas Américas, toda a região é suscetível à introdução e à propagação do vírus. Humanos servem como o principal reservatório do CHIKV durante períodos de epidemia.

Período de incubação

Os mosquitos adquirem o vírus de um hospedeiro virêmico. Após um período de incubação médio de dez dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a um hospedeiro suscetível, tal como um humano. Em humanos picados por um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de 3-7 dias (intervalo 1-12 dias).

Sinais e sintomas

A doença aguda é mais comumente caracterizada por febre de início súbito (tipicamente maior que 39°C) e dor articular intensa. Outros sinais e sintomas podem incluir cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite. A fase aguda do CHIKV dura de 3-10 dias.

Diagnóstico diferencial com dengue

CHIKV deve ser diferenciada da dengue, a qual tem um potencial para resultados muito piores, incluindo a morte. As duas doenças podem ocorrer juntas no mesmo paciente. Observações de surtos prévios na Tailândia e na Índia têm demonstrado as principais características que distinguem o CHIKV de dengue. Em CHIKV, choque ou hemorragia grave é raramente observado; o início é mais agudo e a duração da febre é muito mais curta. Também em CHIKV, exantema maculopapular é mais frequente que na dengue. Embora as pessoas possam se queixar de dor corporal difusa, a dor é muito mais pronunciada e localizada nas articulações e tendões em CHIKV, quando comparada à dengue.

Tratamento

Não há tratamento antiviral específico para CHIKV. Tratamento sintomático é recomendado após a exclusão de condições mais graves, tais como malária, dengue e infecções bacterianas. O tratamento é sintomático ou de suporte, consistindo de repouso e uso de antitérmicos para aliviar a febre, e anti-inflamatório não hormonal para aliviar o componente artrítico da doença.

Prevenção

Na ausência de uma vacina eficaz contra o vírus Chikungunya (CHIKV), a única ferramenta disponível para prevenir a infecção é a redução do contato homem-vetor.

Situação

Casos importados também foram identificados no ano de 2010 em Taiwan, na França, nos Estados Unidos e no Brasil, trazidos por viajantes advindos, respectivamente, da Indonésia, da Ilha Reunion, da Índia e do sudoeste asiático.

No final de 2013, foi registrada transmissão autóctone em vários países do Caribe (Anguila, Aruba, Dominica, Guadalupe, Guiana Francesa, Ilhas Virgens Britânicas, Martinica, República Dominicana, São Bartolomeu, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia e São Martinho) e, em março de 2014, na República Dominicana. Toda a população do continente é considerada como vulnerável, por dois motivos: como nunca circulou antes em nossa região, ninguém tem imunidade ao vírus e ambos os mosquitos capazes de transmitir a doença estão presentes em praticamente todas as áreas das Américas.

Em 2014, no Brasil, o Ministério da Saúde registrou, até o dia 25 de outubro, 828 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 155 confirmados por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 39 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

Os outros 789 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, 330 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 371 em Feira de Santana (BA), 82 em Riachão do Jacuípe (BA), dois em Salvador (BA), um em Alagoinhas (BA), um em Cachoeira (BA), um em Amélia Rodrigues (BA) e um em Matozinhos (MG).

O que é dengue?

Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. É a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Modo de transmissão

A transmissão se faz pela picada do Ae. aegypti, no ciclo ser humano – Ae. aegypti – ser humano. Foram registrados casos de transmissão vertical (gestante – bebê) e por transfusão sanguínea.

Vetores

Mosquitos do gênero Aedes, sendo a espécie Ae. aegypti a mais importante na transmissão da doença e também pode ser transmissora do vírus da febre amarela urbana e do vírus chikungunya. O mosquito tem algumas características muito especiais: ele é escuro e rajado (listrado) de branco, tem quatro a seis mm de comprimento, é menor que o pernilongo comum (muriçoca), tem por hábito picar durante o dia e se desenvolve em água parada e limpa. O Aedes albopictus é o vetor de manutenção da dengue na Ásia. Embora já esteja presente nas Américas, até o momento não foi associado à transmissão da dengue nessa região.

Período de incubação

Varia de 4 a 10 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

Período de transmissibilidade

Compreende dois ciclos: um intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor.

Quando o vírus da dengue circulante no sangue de um humano em viremia (geralmente um dia antes do aparecimento da febre até o sexto dia da doença) é ingerido pela fêmea do mosquito durante o repasto, o vírus infecta o intestino médio e depois se espalha sistemicamente ao longo de um período de oito a doze dias. Após esse período de incubação extrínseca, o vírus pode ser transmitido para humanos durante futuros repastos. Esse período de incubação é influenciado por fatores ambientais, especialmente temperatura. Em seguida o mosquito permanece infectante até o final da sua vida (6 a 8 semanas).

Sinais e sintomas

A infecção por dengue pode ser assintomática ou causar doença cujo espectro inclui desde formas oligossintomáticas até quadros graves com choque com ou sem hemorragia, podendo evoluir para o óbito.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, dor retroorbital, exantema, prurido cutâneo. Anorexia, náuseas e vômitos são comuns. Nessa fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la de outras doenças febris, por isso uma prova do laço positiva aumenta a probabilidade de dengue. Cabe salientar que outras enfermidades podem ter prova do laço positiva. Manifestações hemorrágicas leves como petéquias e sangramento de membranas mucosas podem ocorrer. Observa-se geralmente um aumento e maior sensibilidade do fígado depois de alguns dias da febre. Após a fase febril, entre o 3º e 7º dia da doença, pode-se iniciar a fase crítica da doença, com manifestações hemorrágicas e choque.

Tratamento

Não há tratamento específico. A medicação é apenas sintomática, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos e os anti-inflamatórios não hormonais, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O paciente deve ser orientado a permanecer em repouso e iniciar hidratação oral. Em casos de sinais graves, a avaliação médica é imprescindível, muitas vezes com necessidade de suporte hospitalar.

Prevenção

Manejo ambiental: mudanças no meio ambiente que impeçam ou minimizem a propagação do vetor, evitando ou destruindo os criadouros potenciais do Aedes.

Controle químico: consiste em tratamento focal (elimina larvas), perifocal (em pontos estratégicos de difícil acesso) e por ultrabaixo volume – “fumacê” (elimina alados).

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